O Dia Internacional da Mulher, que se celebra internacionalmente todos os anos no dia 8 de março, é uma data promovida pela Organização das Nações Unidas e pretende refletir sobre o progresso de direitos humanos e honrar a coragem e determinação das mulheres que ajudaram ao longo da história e todos os dias ajudam a redefinir a história a uma escala global, relembrando todas as mulheres que viram o seu papel na sociedade e os seus direitos violados por terem nascido mulheres e que lutaram por direitos de cidadania iguais aos direitos reconhecidos aos homens.
Nascido nos primórdios do século XIX, a celebração deste dia começou por estar ligado aos movimentos trabalhistas da Europa e da América do Norte sendo que o primeiro Dia Internacional da Mulher oficial foi comemorado a 28 de fevereiro de 1909 nos EUA em honra da greve dos trabalhadores têxteis nova-iorquinos do ano anterior. Nesta altura, as condições de trabalho, principalmente nas fábricas, eram perigosas e desumanas, e apesar destas condições serem más para todos os funcionários (de ambos os sexos), as mulheres eram ainda mais prejudicadas e sujeitas a situações atrozes. Para além dos salários incrivelmente baixos e dos horários extraordinários que faziam, muitas vezes eram espancadas e abusadas sexualmente.
Devido à sua enorme importância o movimento das mulheres rapidamente assumiu uma postura global, e foi oficialmente instituído como o Dia Internacional da Mulher em 1975 pela ONU e, atualmente é comemorado em mais de 100 países como um dia de protesto pelos direitos das mulheres.
Esta data pretende homenagear as mulheres pelas conquistas, progressos e constante luta contra o preconceito, relembrando as lutas sociais, políticas e económicas que enfrentaram.
Mas, porque se comemora ainda este dia?
A mudança tem-se mostrado difícil e lenta para a maioria das mulheres do mundo pois existem vários obstáculos que permanecem inalterados na lei e nas culturas de muitos países. As mulheres continuam assim a ser desvalorizadas estimando-se que continuam a ganhar 23% menos em relação aos homens. Mas não é só de salário que se trata esta diferença e discriminação. Os números relativos à violência sexual contra as mulheres apontam para que 1 em cada 3 mulheres já tenha sofrido algum tipo de violência física ou sexual e que mais de 200 milhões de mulheres e raparigas foram vítimas de mutilação genital.
É importante continuar a trilhar este caminho e assegurar que as gerações futuras poderão viver num mundo em que a igualdade de género é uma realidade e em que dias como este farão apenas parte da história. E porque não ler mais sobre este tema? Pode ler mais sobre o Dia Internacional da Mulher dedicado às mulheres portuguesas aqui.