De acordo com os cientistas, a ‘idade psicológica’ explica o porquê de algumas pessoas parecem ficar mais jovens com o passar do tempo. A forma como vivemos a idade é diferente de pessoa para pessoa, sendo que muitas pessoas se sentem mais jovens do que realmente são. Este sentimento é denominado por idade subjetiva e refere-se às experiências internas de cada um com relação à sua idade e ao processo de envelhecimento.
Acredita-se que a idade subjetiva seja um indicador mais complexo do que a simples opinião sobre sentir-se velho ou jovem pois parece estar relacionado com o processo de envelhecimento.
O fato de uma pessoa se sentir mais jovem que a idade real tem ainda impacto positivo sobre a sua saúde mental e reduz o risco de depressão e de doenças como a demência. Alguém mais jovem ‘de espírito’ está mais suscetível a uma sequência mais ampla de atividades – como viajar ou aprender um hobby novo -, mesmo com o passar dos anos. Se uma pessoa se sente deprimida e fisicamente vulnerável, é provável que se sinta mais velha, apresentando uma saúde mais frágil, fazendo com que se sinta ainda mais velha e mais vulnerável.
Por exemplo, uma pessoa que tenha a noção do “eu posso ter 65, mas sinto-me com 50” é um indicador que a mesma está menos preocupada com sua performance a nível profissional, bem como pessoas com uma “idade psicológica” menor imaginam o seu futuro “eu” de uma forma bem mais positiva. Este mecanismo de autodefesa, reflete em parte os benefícios para a saúde, bem como o fato de se sentir mais jovem do que você realmente é.
Muitos estudos sugerem que sentir-se mais jovem pode realmente ajudar a viver mais tempo.
Uma maneira de os idosos manterem o estado de espírito jovem é o poder sentirem-se no controlo de sua própria vida, das suas perceções e emoções. Para além disso o facto de se sentir no controlo pode ser bem mais poderoso para a saúde como um todo também, ao impulsionar a sua saúde mental e reduzir a idade subjetiva, está a motivar-se a optar por alternativas bem mais saudáveis, como por exemplo: a sair de casa, a fazer exercícios físico ou até mesmo a ter melhores escolhas nutricionais.
A nível pessoal, o facto de manterem uma vida ativa – pensarem nas horas a que vão acordar no dia seguinte, escolher a roupa que vão usar, os livros que vão ler, o que comer às refeições, ajuda a sentirem-se úteis, com autonomia e capacidades de realizar tarefas.
Em resumo existem três fatores para que o idoso se sinta mais jovem, confiante e com disposição: o assumir o controle das suas atividades diárias, o caminhar um pouco todos os dias, e o manter o contato com os seus familiares e amigos regularmente.
A diferença entre ‘idade psicológica’ e cronológica pode ser bem mais importante do que possamos imaginar. Não importa qual a idade que aparenta ter mas sim a que pensa ter: sentir-se mais jovem pode influenciar decisões importantes tanto para o presente para o futuro.